Palácio Conde dos Arcos
Descrição
O Palácio dos Governadores, em Goiânia-GO, possivelmente foi construído em 1775. Possui paredes em taipa de pilão e adobes e telhas de barro canal.
O Palácio Conde dos Arcos é uma edificação térrea, construída em estilo arquitetônico colonial, em sistema construtivo desconhecido. O padrão de conservação da edificação é bom. O estado de conservação do passeio público é bom. Em relação à acessibilidade, a edificação é acessível sem obstáculos.
Goiás testemunha a ocupação e a colonização das terras do Brasil central ao longo dos séculos XVIII e XIX. O traçado urbano é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições da região. Ainda que modestas, tanto a arquitetura pública quanto a arquitetura privada formam um todo harmonioso, graças ao uso coerente de materiais e técnicas locais.
Edifício de arquitetura civil de grande porte, localizado no Largo da Matriz no Centro Histórico da cidade de Goiás. Antigo Palácio dos Governadores da província, não se sabe corretamente a data de sua construção, possivelmente entre 1775 e 1759 ou mesmo antes. Há vestígios da passagem de D. Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, pelo palácio pois existe no jardim o brasão do Conde dos Arcos, daí o nome do edifício. Consta de extenso pavimento térreo, colocado um pouco acima do solo, tendo ao seu fundo, um jardim. É construção de paredes em taipa de pilão e adobes e telhas de barro canal. Sofreu, ao longo dos anos, diversas reformas e acréscimos, mas que não alteraram substancialmente suas feições. Sua fachada principal recebeu, ao final do século XIX, platibanda e uma porta de entrada com frontão e pilastras à moda clássica. Atualmente, abriga coleções de móveis, quadros e demais objetos sendo aberto à visitação pública.
Esse extraordinário conjunto conserva mais de 90% de sua arquitetura barroco-colonial original, tornando-se, assim, um magnífico mostruário do Brasil oitocentista e um dos patrimônios arquitetônicos e culturais mais ricos do país. Localizado em uma região de rara beleza natural, o centro histórico de Goiás mantém, até hoje, o caráter primitivo de sua trama urbana, dos espaços públicos e privados, da escala e da volumetria das suas edificações.
A pacata cidade de Goiás – primeira capital do Estado e mais conhecida como Goiás Velho – possui um importante sítio histórico do período da expansão colonial, no século XVIII, resultado da exploração do ouro. Testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central, nos séculos XVIII e XIX, suas origens estão intimamente ligadas à história dos bandeirantes que partiram, principalmente, de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro.
Primeiro núcleo urbano oficialmente reconhecido ao oeste da linha de demarcação do Tratado de Tordesilhas, que definiu, originalmente, as fronteiras da colônia portuguesa. A “autoconquista” do interior do Brasil significou o surgimento de cerca de 500 vilas, arraiais e povoados, edificados em terra (adobe, taipa de pilão, pau-a-pique). Entretanto, essa técnica vernacular bandeirista desapareceu quase completamente dessas regiões, salvo alguns remanescentes.
A rica tradição cultural inclui não somente a arquitetura e as técnicas construtivas, mas também a música, poesia, culinária e festas populares. Entre elas se destaca a Procissão do Fogaréu, que ocorre todos os anos, na quinta-feira da Semana Santa, e muitas dessas tradições ainda estão vivas e formam uma parte substancial da identidade cultural de Goiás.
Observações: O tombamento inclui o brasão de armas de Portugal e dois bustos de pedra.
Uso Atual: Museu
Localização
what3words
///lanças.retém.tacar