Cemitério Israelita de Philippson
Descrição
Em 24/08/1891 o barão Maurice Hirsch criava a Jewish Colonization Association (JCA ou ICA) , com o objetivo de auxiliar a emigração de judeus russos, que lá sofriam perseguições e massacres. Esta associação desenvolveu um projeto agrícola voltado para a América Latina, e em l902 a ICA adquiriu terras no Pinhal, em Santa Maria. Em 1904 ali se estabeleceu a primeira colônia judaica do Rio Grande do Sul, denominada Philippson. Eram 38 famílias, aproximadamente 300 pessoas, vindas da Bessarábia, região situada entre a Romênia e o Império Russo. O projeto agrícola não se desenvolveu como esperado, e aos poucos os imigrantes deixaram o local, estabelecendo-se em cidades como Santa Maria, Porto Alegre e outras.
Após alguns anos, partes da área da colônia de Philippson foram vendidas para a Brigada Militar e para o Exército Nacional. O restante das terras permanece até hoje em propriedade de descendentes dos primeiros imigrantes.
O cemitério de Philippson pode ser considerado um marco histórico da colonização israelita no Estado. Os túmulos, num total de oitenta, estão dispostos em três agrupamentos, seguindo os costumes religiosos judaicos de enterrar separadamente homens, mulheres e crianças, e o terreno onde se encontram possui área aproximada de 1200 m². As lápides apresentam diversidade formal, desde as mais simples pedras de arenito com inscrições em lingua hebraica (as mais antigas e representativas), até as mais elaboradas, mais recentes; e a singular característica de que a identificação do falecido se encontra no lado oposto ao seu corpo, na parte posterior da lápide.