98 Aquarelas de Motivos Marajoaras, de Manoel Oliveira Pastana

  • Outro
  • 1935
  • Belém
  • Pará
  • Tombado
  • Bem cuidado

Descrição

No início do século XX, a região Amazônica ainda vivia um relativo isolamento do restante do país, reflexo da distância dos grandes centros que primeiro foram povoados e das dificuldades de navegação costeira no estado do Maranhão. A falta de contato e, logo, de conhecimento gerou para a região a imagem pouco positiva de um lugar selvagem e insalubre onde o progresso seria pouco possível.
Tal cenário provocou, nos intelectuais locais, como Theodoro Braga e Emílio Goeldi, a necessidade de firmar posicionamento contrário e mostrar o lado bom do local através de produções, dentre outras, pictóricas e literárias. Nesse momento de reação, surge um artista que veio a tomar como tema de sua produção de desenhos a flora e a fauna amazônicas de maneira exemplar. Trata-se de Manoel de Oliveira Pastana.
Pastana nasceu em 1888 na cidade de Castanhal, a 75 km de Belém, capital do estado do Pará. Com poucos recursos, mudou-se para a capital ainda adolescente, quando trabalhou, dentre outras atividades, como estivador e pintor de placas. Foi também professor e teve a oportunidade de estudar com mestres como Theodoro Braga e Francisco Estrada.
Após ficar viúvo do casamento contraído aos 18 anos, Pastana foi contratado pela Marinha para desenhar máquinas e passou a pintar retratos e paisagens, além de produzir uma série de desenhos da cerâmica indígena arqueológica e de objetos de arte decorativa, tendo como referência a flora e a fauna da Amazônia.
Os trabalhos, apesar de seu local de origem, apresentam afinidades com a produção francesa do Art Noveau e ainda compartilham dos ideais modernistas da Semana de 22.
No ano de 1935, nosso artista foi convidado para trabalhar na Casa da Moeda no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1941. Nestes mais de cinco anos, desenhou moedas, notas, selos, apólices, dentre outros trabalhos, os quais permanecem com pouco ou nenhum registro por parte dos historiadores da arte e que, a exemplo de seus desenhos integrantes do acervo do Museu Histórico do Pará, apresentam grande possibilidade de conter imagens de animais e plantas do extremo norte do Brasil.
Manoel continuou a produzir até o final de sua vida em 25 de abril de 1984 na cidade do Rio de Janeiro.

  • Tombado em 1983
  • Jurisdição Estadual

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