Acervo Arqueológico de Cerâmica Marajoara

  • Arte
  • 1950
  • Belém
  • Pará
  • Tombado
  • Bem cuidado

Descrição

Herdeiro dos estilos cerâmicos das culturas arqueológicas marajoara e tapajônica, o povo paraense tem uma predileção ao motivo decorativo marajoara. Essa apropriação pode ser percebida pela produção crescente de artesanato de Icoaraci, distrito próximo à cidade de Belém, reconhecido, tanto no Brasil, como no exterior, como polo de referência na reprodução de peças com inspiração em motivos da cultura marajoara.
No Pará, além de Icoaraci, existem mais dois importantes polos produção de cerâmica artesanal, representados pelos municípios de Santarém e Ponta de Pedras. Porém, o distrito de Icoaraci destaca-se pela quantidade e qualidade de produtos.

A produção de cerâmica em Icoaraci teve início no final do século XIX com a produção artesanal de peças de uso cotidiano, como vasos alguidares e panelas feitas de barro. Esse processo de confecção das peças é devido, entre outros fatores, à abundância do barro encontrado na região.
A partir da década de 1950, surge a cerâmica decorada, feita pelo artesão Antonio Farias Vieira, com inspiração em uma fotografia de um vaso marajoara. Outro marco importante para o aparecimento da cerâmica considerada artística foi a dedicação de Raimundo Saraiva Cardoso, artesão mais conhecido como “Mestre Cardoso”, responsável pela introdução definitiva desse estilo no artesanato de Icoaraci. O interesse de Mestre Cardoso por esse motivo decorativo se deu durante uma visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi nos idos de 1968. Seu interesse foi apoiado por Conceição Gentil e Mário Simões, pesquisadores da área de arqueologia do MPEG, que permitiram seu livre acesso à Reserva Técnica para conhecer o acervo arqueológico da instituição. Desde então, surgiu uma colaboração que perdura até hoje entre o MPEG e os artesãos de Icoaraci (COIROLO, 2005). A colaboração se faz por meio de treinamento em contato com as peças originais, para o aprimoramento da arte de elaborar artesanato, com o objetivo de proporcionar“ […] o bem estar da população e o fortalecimento de nossa identidade cultural.” (RODRIGUES, 1999, p.10).
A busca por essa identificação pode ser considerada uma forma de resgatar e preservar o passado, perante a influência de agentes externos devido à nossa exposição ao mundo. O motivo marajoara pode ser entendido como o referente que identifica o paraense como o “detentor” da cultura marajoara e como ícone unificador dessa sociedade.

  • Tombado em 1992
  • Jurisdição Estadual

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